Fragmentos em Frangalhos



Encontrei algo tão nosso hoje e lembrei de todas as sensações guardadas em nossa alcova. Os segredos que nas madrugadas insones confessamos. Os risos misturados às garrafas de vinho. As juras silenciosas que gritavam através desse teu olhar expressivo. A devoção explicita em meu olhar. O grito e o calar. Poema, prosa e poesia mesclados a essência mais pura de nosso sentir. E a maldade do mundo a rodear o esconderijo que era só nosso. E o coração, travesso brincalhão, insiste em palpitar quando, vagamente, de ti ouço falar. Tenho a impressão de que fostes cravada em minh'alma como um punhal a dilacerar-me a carne.




Tenho a certeza de que estás gravada em meus pensamentos mais profundos, nos sentimentos que não ouso dizer em bom tom, na lágrima solitária que verte dos olhos ao ouvir nossa canção ou ler nas entrelinhas dos nossos escritos tudo aquilo que não tivemos coragem suficiente para libertar das amarras da insegurança dos temores mil. Ah! Dói. Rasga. Sangra saber que houve um fim antes mesmo de começar, minha doce majestade. Nesse momento, Marisa Liz nos canta em meu radinho de pilha enquanto seguro uma foto sua. Enquanto deixo as lágrimas correrem livres.





Fragmentos em frangalhos - Nay Rosário
No teu poema - Diana Lucas
Rosa sangue - Amor Electro

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