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Mostrando postagens de agosto, 2020

Fundação Pedro Calmon e Visibilidade Lésbica

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No mês de Junho, recebi um convite para trocar ideias com a FPC aqui da Bahia, através da Secult sobre a literatura lésbica. Segue um trechinho da entrevista e o link de acesso à ela. Finalizando a série de bate-papos com escritorxs LGBTQI+, a Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA) entrevista Nay Rosário. A graduanda em psicologia é autora do romance Nossa forma de amar e já participou das antologias Isso também é preconceito , Correspondência , O Lado Obscuro da Lei, Orixás, Histórias de Nossos Deuses e Toda Forma de Amor . Mediadora do Clube Lesbos de Salvador e cofundadora da LGBTECA, Nay vê na escrita uma forma de “ transformar sentimentos e prover encantos”. Como surgiu sua relação com a literatura? Começou na infância. Minha mãe gostava de ler e escrever poemas em um caderno. Quando eu comecei o processo de alfabetização, ela me presenteou com livros de contos de fadas. Posteriormente, conforme crescia, meu gosto literário se aprimorava. Comecei a escrever em

Poema Sem Rosto - Atos

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Eu vejo você.  Será que você se vê?  Eu sinto você.  Será que você sente que está sendo observada? Não posso verbalizar a gana de sensações que é adentrar a janela de sua alma.  Tampouco direi aquilo que me é segredado.  Eu vejo todos os amores e sinto dores imensuráveis, disfarçadas através do sorriso.  Acompanho a densa lágrima de tristeza que cai sob a fantasia de alegre felicidade. E vejo também o sorriso sereno de quem acostumou-se a ser como uma Alfa solitária.  Ou seria solidária?  Me vejo em você.  Será que você me vê?  Me sinto em você.  Será que você nos sente?

Crônicas Cotidianas

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"Ah! Mas eu amu fulano." E na primeira briga acabou o amô. Isso é ego, capricho ou até mesmo carência. Pode ser tudo, menos amor. E nem é pela visão utópica do apóstolo Paulo que "o amor tudo crê e tudo suporta."Amar alguém não implica apenas em beijos e amassos, status e declarações públicas. Se ama em silêncio também. Amor é construção. É acordar de manhã de mau humor e um ser humano sorrir e te dar um beijo de bom dia sabendo que você está puto e a pessoa nem ligar. É acolher as virtudes e defeitos. Aturar e se acostumar com as manias. Saber que a pessoa vai passar o dia te perguntando aonde emfiou as coisas porque não lembra. Amar é sair de onde você estiver para socorrer a pessoa que está quase morrendo, desesperadamente enlouquecida porque bateu o dedo mindinho do pé esquerdo na quina do pé da mesa. Você fica bravo e depois ri do bico manhoso. É saber ser doce e gentil, mas ter pulso firme quando necessário. Amar é, antes de tudo, ser amigo. Ouvir, calar

Visibilidade e Café

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Agosto da Visibilidade Lésbica.          É quando algumas figuras lembram do público Lésbico. É também quando as lésbicas mais são citadas. Assumir-se lésbica na atualidade é Um ato de política e resistência. Ser mulher não é fácil. Ser nordestino tampouco. Ser escritor, nem se fala. E ser LGBT+?!         Pensando e visando a união entre escritores nordestinos LGBT+ surge o Coletivo OXE LGBT+, ao qual tenho a honra de fazer parte. E em um ciclo de entrevistas chamada Café do OXE, troquei figurinhas com a maravilhosa escritora pernambucana Danielle Aragão em uma ponte aérea Brasil - Estados Unidos da América.       A entrevista aconteceu na noite de 25 de Agosto de 2020 pelo Instagram.