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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Nossa Forma de Amar - Capitulo XXVI

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26 - Ewó -Vamos Mile. A mãe daqui a pouco vem. – Lila a apressava para terminar o que fazia. -Aquele veado vai ficar me devendo. – Sorria enquanto levava um potinho com tangerina já descascada e cortada para o quarto onde Luca estava descansando. Lentamente abriram a porta e viram uma cena no mínimo curiosa. O jovem rapaz estava abraçado ao travesseiro que por sua vez estava enrolado no cobertor. Mesmo dormindo alisava o travesseiro como se fizesse carinho em alguém e depositava-lhe beijos. As irmãs entreolharam-se e riram. -Vem cá. Quando vocês dormem juntos ganha carinho é?! – Mile arreliou a irmã. -Quisera eu! Nem sei o que é carinho masculino há tempos. – Queixou-se. -Mana, você tem certeza que é hétero? Tenta o lado colorido da vida. -Sai pra lá. Deixo pra você. Eu gosto é daquilo que balança. – Dalila falou rindo da careta que a irmã fez. -Que nojo! Acorda esse veado que precisamos sair antes da mãe chegar aqui. Dalila balançou o rapaz até que

Nossa Forma de Amar - Capitulo XXV

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25 - Sobre Amor e Dor - As Mudanças Principiam-se Pelo Querer. As luzes centrais apagaram-se e nas laterais do palco luzes arroxeadas acenderam-se causando um efeito de mistério junto as luzes brancas que estavam instaladas ao fundo do auditório. Uma voz feminina, firme e carregada de um sotaque castelhano se fez ecoar pelo ambiente recitando um conhecido poema que falava sobre amores e suas perdas. A arte de perder não é nenhum mistério, Tantas coisas contém em si o acidente de perdê-las, Que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero, a chave perdida, A hora gasta bestamente. A arte de perder não é nenhum mistério. Depois perca mais rápido, com mais critério: Lugares, nomes, a escala subsequente da viagem não feita. Nada disso é serio. Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero lembrar a perda de três casas excelentes. A arte de perder não é nenhum mistério. Perdi duas cidades lindas. E um império que era meu, d

Nossa Forma de Amar - Capitulo XXIV

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24 - Esperar É A Chave - Mãe, quando ele sair à senhora me liga e vou encontra-la. -Certo, minha filha. Vou desligar. Que o Senhor te proteja. -Amém mãe. José iria viajar por dois dias a uma cidadezinha próxima a capital baiana. Segundo ele, era uma visita a um irmão de congregação. Maria aproveitaria para matar a saudade da filha. Preparou a mala do marido com o habitual esmero e deixou o almoço encaminhado. Como dona de casa que era foi cuidar das roupas que precisavam ser lavadas e quaradas. Perto do horário do almoço José chegou trazendo como sempre Moises e os irmãos. Moises como bom observador que era percebeu a impaciência daquela mulher. Vez ou outra olhava de relance o relógio. Assim que se encerrou o almoço com a costumeira oração de agradecimento todos se encaminharam para seus afazeres. José pegou sua mala no quarto e despediu-se da sua esposa. -Maria, não pretendo demorar por lá. Qualquer problema você liga pro irmão Moises, certo? -Certo h

Nossa Forma de Amar - Capitulo XXIII

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23 - ... A Colheita É Obrigatória. Rúbia havia desmaiado e estava a mercê da maldade de Kaliel. O desejo dele era que ela sofresse por tudo que ele passou e vinha passando desde o ano em que se encontraram no ano de 1720, século XVIII.                  ********************************************************** Ele era um jovem camponês que trabalhava com sua família nas terras da família da jovem. Em uma época onde os casamentos eram arranjados pelos pais eles encantaram-se. Ela aproveitava os passeios a tardezinha com suas damas de companhia para encontra-lo. Por estar em idade de contrair matrimonio seus pais arranjaram sua união com o filho de um conde de uma região interiorana. Os jovens então planejaram fugir em um dos tantos passeios. Ele arrumou uma carruagem que estaria escondida no meio da floresta apenas esperando pelo casal enamorado. Quando o sol começava a esfriar ela mandou que uma de suas mucamas levasse a pequena bagagem pelos fundos até um pont