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Mostrando postagens de janeiro, 2017

Poema - Atos

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Sussurros em baixo e rouco tom ao ouvido Enamorados suspiros em resposta Desejo transcrito nos olhares Bocas ansiosas por beijos úmidos. Corpos em um diálogo tátil Implorando por saciedade Mãos desvendando curvas e caminhos Trafegando na estrada do paraíso. O quarto, digno de uma rainha, envolto em penumbra Gemidos ricocheteiam nas paredes A marcação das baterias de escolas de samba Mais ritmadas que os corações acelerados Corpos transpiram paixão. Ah! O ápice do nirvana rasgando as gargantas Satisfação nos sorrisos e toques carinhosos O aconchego das amantes em um beijo casto Raios solares como testemunhas Descanso, o ato final.

Pensamentos - Fragmentos Em Frangalhos

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E então a notícia: há um outro amor. E agora? E o que eu sinto? Será que não conta? Será que fui eu quem deixou a desejar ou você quem não se entregou? Deixa. É tarde. Só me resta sentir e seguir, nessa ordem e intensidade. Deixa. É tarde. Amanhã será outro dia.

Cronicas & Delirios

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Não maltrate meu tão mal cuidado coração, pois não sei se suportaria outra ingratidão. A dor seria tão intensa que nenhum Absinto anestesiaria o órgão. Ah o amor! É tão denso, intenso, transborda os poros do corpo e da alma. É um querer de forma insana beirando a obsessividade. Mas é amor. Mascarado amor. Dói. Sangra. Rasga o peito, a partida de um ''amor''. A gente ama tão seguro de si e do outro. Se entrega. Reservas? Para quê? É o amor. Amar não dói. Dói? Diz-se do amor que tudo crê, tudo suporta. Seria essa a forma do amor amar? Amor (In) transitivo, transmitindo aos poucos que não dizem, apenas amam. Torno a pedir: não maltrate meu coração, ele não sabe contar... decepções.

Poema - A Menina dos Olhos de Oyá

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Ela é a Senhora do Fogo. Ela é brasa que aquece e ilumina a noite. De si, faz relampejar o céu trazendo luz ao breu. Ela é a Senhora dos Ventos. Brisa suave que acalenta em dias tranquilos, Tempestade destruidora em sua fúria. Aquele que ousa desafia-la hesita ao ve-la. Vestida em sua armadura pronta para a batalha. Seja pela vida ou por amor. Ah bela Oyá.   Tú que és tão forte quanto um búfalo   E tens a leveza de uma borboleta Me rendo e rendo-lhe sinceras homenagens. És a estrela que clareia o caminhar dos perdidos, Mãe que zela e proteje seus filhos, Mulher ardente e apaixonante que enfeitiça. És Oyá, a menina cujo brilho se esconde em seus olhos. E quem de ti um dia precisar, evoque-a. Clame aos quatro ventos e ela virá em seu auxilio. Epa Hey Bela Oyá!

Conto - Lembranças

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Sipnose Quando já não há mais esperanças sobra-lhe apenas uma coisa a fazer ... escrever .  *********************************************************************************************** Rabiscar. Rasurar. Rabiscar. Rasurar. Essa é minha rotina. Todo dia, o dia todo. Rabiscar. Rasurar. Você deve estar pensando que sou louca. Não te culpo, eu também pensaria isso. Mas não. A loucura não é uma das minhas qualidades, nem defeitos. Minha doença é outra, incurável e incontrolável. Sou apenas um alguém que escreve algo no calor do momento e rasura quando se lembra de que de nada adiantará as palavras. Nome? Eu tenho, mas não o pronuncio a tanto tempo que quase o esqueci. Ma... delaine. Madelaine?! É. Madelaine. Ou algo próximo disso. Meu pai que escolheu. Ele era fã de filmes franceses e achava bonito como o nome soava. Ele explicou a moça do cartório como se escrevia e bem provável que ela errou, mas ele sempre me chamou da forma que ouvia nos f

Conto - O Presente

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Sinopse Um presente sempre deixa um sorriso no rosto de quem o recebe, ainda mais quando foi ofertado por aquela pessoa especial. Mas justamente no dia em que deveria estar de posse desse presente, ele sumiu. E agora?  ************************************************************ Vanda e Maciel se conheciam desde a infância. Moravam na mesma rua em um bairro afastado da pequena cidade interiorana em um tempo no qual as crianças brincavam livremente sem preocupações. Aquela amizade com o passar dos anos transformou-se em uma paixonite juvenil. Começaram então um namoro escondido por medo do pai da jovem. Maciel munido da pouca coragem que tinha foi em uma noite qualquer pedir ao pai de Vanda permissão para cortejá-la. Enquanto aguardava a decisão do homem, Maciel tremia cada vez que seu olhar esbarrava na espingarda de estimação de seu futuro sogro. Para seu alívio a resposta foi favorável, entretanto houve condições e um vigia estava presente na hora do gala