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Mostrando postagens de julho, 2016

Conto - Vermelho

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O salão alugado para a realização da cerimônia estava repleto de pessoas conhecidas entre amigos, familiares, colegas de profissão tanto os meus quanto os dela, alguns vizinhos, enfim pessoas que de alguma forma foram importantes em nossa caminhada. Foram quatro anos de namoro sendo o primeiro ano quase todo semivirtual já que nos víamos apenas nos fins de semana e feriados prolongados devido a distancia entre as cidades. Quando consegui transferência para a pequena cidade onde ela residiu sua vida inteira e agora seria o cenário da consumação do nosso amor e construção da nossa vida. Aos poucos os acordes do bolero de Luis Miguel se fez ouvir. La Barca. Nossa musica. A música que tocava quando nos vimos pela primeira vez em um restaurante que nos dias de sexta tinha uma banda tocando. Recém-saídas de um exaustivo congresso, exaustas, famintas e distraídas. Eu olhava as mesas ao canto tentando achar algum lugar onde pudesse sentar, ela fazia o mesmo. Ambas de costas, andan

Conto - Caliente Sedução

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O salão estava organizado. As mesas arrumadas de forma a fazer um semicírculo em volta da pista de dança deixando espaço suficiente para que os garçons e convidados pudessem circular no local. Essa foi uma das primeiras coisas que reparei. Dei uma olhada no todo e vi vários arranjos de fores distintos. As cores reinantes eram o vermelho carmesim e o vermelho vinho, o DJ já estava posicionado em seu lugar esperando a ordem para começar a executar sua playlist. Ordem dada e os primeiros acordes do violino de um musico qualquer se fazia presente seguido de uma percussão inconfundível em seu ritmo. Salsa . Um delicioso arrepio correu por minha coluna vertebral ao recordar-me da ultima vez em que estive em um tour pela America latina, especialmente a Colômbia a passeio com um grupo de amigos onde as noites foram regatas a tequila, salsa e mulheres. Minha vizinha e amiga de infância estava fazendo aulas de dança de salão e tentou de todas as formas a me convencer, mas não da

Conto - A Dupla Face da Moeda

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-É sério? Vocês discutiram novamente? – Minha irmã perguntava pela terceira vez. -Sim, Melissa. Nós discutimos. – Bufei enquanto sentava no sofá. -E agora? Mamãe e papai vão te matar. – Ela sorria. – Será possível que vocês não ficam umas semanas sem brigar? -Ela me irrita. – Disse exasperada. – Aquele nariz arrebitado, aquela pose de superiora, aquele olhar expressivo que faz com que eu me sinta nua. Aaaaaaaaaaaaah! – Gritei enquanto saía pela porta da cozinha para o imenso quintal que dava para o lago do sitio da família. -Será possível que ela não percebe? – Melissa sorria. Andei pelo sitio a esmo até me sentar embaixo de uma macieira. Olhava aqueles campos e lembrava-me de quando era pequena. Meus pais e os pais dela eram amigos desde antes de eu sonhar em nascer e sempre conviveram bem. Meu pai, Rogério Policarpo Quirino era criador de cavalos de raça (machador e etc) e nas horas vagas (dele) prestava consultoria em empresas. Conheceu minha mãe, Joana D’arc