Crônicas Cotidianas

"Ah! Mas eu amu fulano." E na primeira briga acabou o amô. Isso é ego, capricho ou até mesmo carência. Pode ser tudo, menos amor. E nem é pela visão utópica do apóstolo Paulo que "o amor tudo crê e tudo suporta."Amar alguém não implica apenas em beijos e amassos, status e declarações públicas. Se ama em silêncio também.

Amor é construção. É acordar de manhã de mau humor e um ser humano sorrir e te dar um beijo de bom dia sabendo que você está puto e a pessoa nem ligar. É acolher as virtudes e defeitos. Aturar e se acostumar com as manias. Saber que a pessoa vai passar o dia te perguntando aonde emfiou as coisas porque não lembra.

Amar é sair de onde você estiver para socorrer a pessoa que está quase morrendo, desesperadamente enlouquecida porque bateu o dedo mindinho do pé esquerdo na quina do pé da mesa. Você fica bravo e depois ri do bico manhoso. É saber ser doce e gentil, mas ter pulso firme quando necessário.

Amar é, antes de tudo, ser amigo. Ouvir, calar, emprestar o ombro e o colo pra chorar. E chorar junto por sentir-se impotente. Amar é ser luz em meio a escuridão, é ser a voz que dita o caminho e também ser o próprio caminho. Amar é dizer eu te amo e demonstrar como se ama também.

Sobre Amar e Suas Atenuantes –  21/5/2019


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