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Mostrando postagens de julho, 2017

Poema - Efervescência Mulher

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Rubro... Flamejante... Vívido... Assim como ela. A rosa incandescente a iluminar, Encantar, Seduzir. Ela arde nas mãos de quem souber colhê-la. Manusear suas pétalas em brasa E regá-la no puro desejo. Ela é a luxúria em formas venusianas. É clamor, É fogueira ardendo em noite fria, É a gitana que encanta em seu rebolar Hipnotizando através do olhar. Ela é brisa acolhedora quando preciso repousar em um lar. Ela é lar. Ela é fogo que queima, mas também sabe aquecer Se a pena valer. Ela também é terra Embora não seja firme E nem afirme. Ela é tudo isso e um pouco mais. Nascida do magna dos prazeres Moldada para ser livre indo onde bem entender. -O fogo queima! Só quem não souber como tratá-la. Ela não é de esperar fogo alto Sua essência é faísca. E na faísca ela se faz vulcão pleno em erupção De calores E amores. Ela é fogo e se não tomares cuidado ao manuseá-la... Efervescência Mulher – Dama da Noite Toda mulher tem em si a brisa, a faísca e

Poema - Balada Melancolia

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Ato II Encorpado... Cultivado na melhor vinícola. Tinto suave. Um brinde aos nós. De aroma agradável ao olfato Doce e refinado no paladar. Quem prova teu gosto vicia. Vício... Dependência de uma substância ou um individuo. Sensação de bem-estar... Prazer. Nos pontos e vírgulas, Nas entrelinhas. Talvez seja a abstinência de toque Que promove alucinações encorajada pelo tato traidor. Ou seria a audição, traidora, que no tilintar das taças dispara o coração? -Ah, coração. Não denuncie-me. Serias tú, paladar, o traidor? Que guarda o gosto dela em sua memória o reproduzindo de forma ininterrupta, causando furor em meu peito? -Coração,  aquieta-te. Teu cheiro, presença constante no ar. Impedindo o esquecimento do olfato. Ou seria ele traidor da confiança em insistir na busca de algo inalcançável? -Ressona, coração. -Temo que não me seja traidora, visão. Por maior que fosse sua vontade, não era possível enxergá-la. Nem espectro... Nem fantasma... Nem proje

Conto - Cabana dos Prazeres

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Sinopse Uma cabana desabitada e caindo aos pedaços descoberta por acaso por algumas crianças e adolescentes pode ser o cenário de muitas encontros e revelações de amores quase platônicos. Ingrid Lacerda e Bruniele Leite eram amigas inseparáveis desde a infância quando se conheceram na rua das mangueiras no bairro de Pituaçú. Era uma das ruas detrás do  Parque Metropolitano de Pituaçú  que dava acesso por um portão nos fundos ao parque. Ali as duas cresceram em meio a outras crianças que também habitavam aquele pedaço de paraíso em forma de lugar. O rio era utilizado para esportes aquáticos como os pedalinhos em forma de patos,  jet skys  e a natação. Mas havia uma parte do rio que era proibido banhistas e era nessa parte que os moradores do bairro pescavam e as mulheres lavavam roupa de ganho. A vida daquele povo era simples e sem luxo, mas o prazer e a solidariedade compensavam. Os jovens conheciam um caminho por entre as matas que dava para uma cabana velha.

Poema - Balada Melancolia

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Ato I Gotículas de pequenas lembranças vertem do céu castanho dos olhos nossos Transbordam os sentires e sensações, Dores e contemplações. Fragmentos de dizeres se confundem em meio a soluços, Sussurros e pedidos lançados em desespero ao vento Rogando que amainasse aquele tormento. Um gatilho... Lágrimas mal disfarçadas desenham na bela tês O que as palavras não tem a coragem de expressar. A janela escancarada espera... Um leitor, Um ouvinte, Um alguém. A alma sangra pelos poros incapazes de serem estancados. Os nós esbranquiçados dos dedos revelam a força impregnada O objeto, seguro entre os braços. Lembrança remanescente. Gotículas fragmentadas de um futuro distante no passado vertem Dos olhos e das memórias Acumulando - se nos indecisos pés indecifráveis em suas resoluções.