Poema - Balada Melancolia

Ato I

Gotículas de pequenas lembranças vertem do céu castanho dos olhos nossos
Transbordam os sentires e sensações,
Dores e contemplações.

Fragmentos de dizeres se confundem em meio a soluços,
Sussurros e pedidos lançados em desespero ao vento
Rogando que amainasse aquele tormento.

Um gatilho...

Lágrimas mal disfarçadas desenham na bela tês
O que as palavras não tem a coragem de expressar.

A janela escancarada espera...
Um leitor,
Um ouvinte,
Um alguém.

A alma sangra pelos poros incapazes de serem estancados.

Os nós esbranquiçados dos dedos revelam a força impregnada
O objeto, seguro entre os braços.

Lembrança remanescente.

Gotículas fragmentadas de um futuro distante no passado vertem
Dos olhos e das memórias
Acumulando - se nos indecisos pés indecifráveis em suas resoluções.


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