Nossa Forma de Amar - Capitulo XXXII
32 – Santo de Casa Não Faz Milagre
Moises chegou na casa onde dividia com os irmãos
transtornado. Em seus olhos se viam o ódio, o despeito e a inveja. Seus irmãos
o interpelaram e ele mostrou alguns objetos que pegou da casa simulando um
roubo. Pensaram em como agiria, mas era certo que ele teria aquela mulher por
bem ou por mal.
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O dia passou tranquilo para as apaixonadas, já Lucimara
estava inquieta no terreiro. Havia dado algumas instruções aos seus filhos para
algumas ornamentações e pediu que Dalila ligasse para a irmã pedindo que esta
aparecesse por lá. Trancou-se em seu quarto, pegou a foto do marido em cima do
criado mudo e conversou com o mesmo.
-Sinto que o mal se aproxima e nada posso fazer para
proteção de nossa menina.
Ainda olhava o retrato quando Dalila bateu na porta a
chamando, pois Milena já estava a caminho. No carro, Milena ligou para a
namorada dizendo que passaria na casa da mãe. Assim que chegou lá, deixou o
carro na porta e entrou pela porta lateral que dava direto na casa de sua mãe
sem precisar adentrar o barracão.
-Mãe, cheguei. – encontrou sua irmã na cozinha e indagou
sobre sua mãe.
-No quarto. A mãe esta estranha.
-Também percebi. – mudaram o assunto ao ver Lucimara se
aproximar.
-Filha quando você nos trará essa moça pra conhecermos?
Milena foi pega de surpresa com essa pergunta. Olhou para a
irmã que ria e dizia não ter nada a ver com aquela situação. Pensou que
gostaria que sua mãe conhecesse a pessoa com a qual estava. Por fim respondeu.
-Em breve, mãe.
-Ela sabe que és do candomblé. Não vejo motivo para demora.
-Esta certo mãe. A senhora quer marcar um jantar?
-Quem sabe você não cozinha para nós em sua casa.
-Veremos uma data. – seu celular tocou e sorriu ao ver o
nome no visor.
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Luiza teve um dia de trabalho tranquilo embora tivessem
alguns contratempos com alguns clientes, nada que sua supervisora não
resolvesse. Findado seu horário de trabalho pegou suas coisas e saiu
despedindo-se de alguns de seus colegas. Outros a acompanharam na condução
recebeu a ligação de sua amada avisando de sua demora.
Ao chegar ao bairro, passou na padaria para comprar alguns
tipos de pães e doces. Seguia para sua casa de forma distraída. Ao abrir a casa
notou uma claridade incomum e deu falta de alguns objetos. Ao chegar perto da
porta da área de serviço a viu aberta, checou a fechadura e constatou que havia
sido arrombada. Correu a casa em busca de algum vestígio, nada achou. Ainda
nervosa ligou para o numero de Milena.
-Amor, onde você esta? – perguntou com a voz aflita.
-Na casa de mãe, o que houve anjo? Sua voz esta diferente.
-Cheguei aqui em casa e...
-Sim, e?
-A porta dos fundos... Arrombaram.
-O que? Já estou indo. Fica na porta da minha casa. –
desligaram.
Luiza pegou suas coisas, as sacolas e saiu fechando a casa. Encostou-se
à porta e esperou.
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-Mãe, preciso ir. – Milena já se encaminhava pra saída com
Lucimara e Dalila atrás.
-O que houve? Por que a pressa?
-Luiza me ligou a casa que ela esta morando foi arrombada. –
destravava e entrava no carro.
Antes de por a chave na ignição sentiu a mão de sua mãe em
seu braço. – Cuidado! Tem alguém que não quer vocês bem. Muito cuidado.
Por um instante Milena perdeu-se nos olhos maternos e lembrou-se
dos avisos que havia recebido. – Me
cuidarei. – disse e partiu em socorro de sua amada.
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