Nossa Forma de Amar - Capitulo XXXIII


33 – O Poder De Uma Oração


Para sorte e felicidade de Milena, incrivelmente o transito do bairro onde residia não estava tão complicado e conseguiu chegar rápido. Quando virava a esquina avistou Luiza sentada no degrau da escada de sua varanda com uma mochila em mãos.

Desligou o carro na garagem e saiu do carro a tempo de ser abraçada e apertada por braços fortes e que naquele instante tremiam. Luiza chorava e com cuidado Milena a levou para dentro de sua casa.
Após entrarem e Luiza deixar sua mochila em uma cadeira próxima à porta sentou-se e enquanto sua amada lhe preparava um chá de camomila contou como descobriu o arrombamento.

Já tranquilizada e segura já que estava nos braços de seu amor, Luiza pediu para que voltassem a casa a fim de ver o que foi furtado. Milena pegou uma raquete de tênis e seguiu “munida” para a casa ao lado.

Entraram silenciosamente e procuraram sinal de alguém na casa. Constatado que não tem ninguém passam a olhar os lugares atentamente para ver o que foi furtado. Luiza deu falta de seu aparelho DVD e algumas bugigangas.

Recolheram as roupas e alguns objetos considerados importantes para Luiza e levaram. Arrumaram tudo no quarto de hospedes e mais calma Luiza foi banhar-se enquanto Milena prepararia algo para que elas lanchassem.


-Anjo não quer prestar queixa? Embora o bairro seja tranquilo, mas sei lá. Vai que são alguns bandidinhos de outro bairro.
-É o jeito. Temos que avisar a proprietária.
-Amanhã. Agora vamos que vou te por na cama. – disse Milena a carregando tal qual a uma criança enquanto Luiza se debatia tentando se soltar provocando risada em ambas.



      **********************************************************************


Simone debatia-se entre os lençóis de seda que forravam sua cama. Estava tendo novamente um sonho que passou a visitar-lhe frequentemente e a deixava sempre no mesmo estado. Suada e temerosa.


-Corra enquanto puder. Vou te pegar. – gargalhava a mulher trajando roupas rasgadas e trapos que andava calmamente em direção a Simone que só corria tentando escapar daquela criatura de aspecto horrendo. – você não a queria? Não me invocou para isso? Então vai ter. - a mulher andava descalça e com um cigarro entre os dedos em sua direção.
-O trato esta desfeito. – gritava enquanto fogia.
-Pensa que é assim? Se enganou. – ouviu uma gargalhada estrondosa.”


-Estou começando a achar que não foi uma má ideia. – Passou a mão nos cabelos desalinhados enquanto levantava em direção a cozinha para beber água e acalmar seu coração.

Sentou no sofá olhando algumas mensagens no Whatsapp e parou em uma que deixou um sorriso em seu rosto sem ao menos perceber.


Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. – Chico Xavier
Sempre que um sonho ruim tentar tirar seu sono faça uma oração. Ajuda a reestabelecer a ligação entre você e seus protetores. Boa noite anjo.”

“Obrigada! Veio em um momento oportuno.”

“Insônia?”

“Pesadelo.”

“Huumm! Quem sabe não sou um anjo enviado para te salvar?! Rsrsrs”

“Nossa! Que anjo gostos... ops, bonito. *_*’’

“Boa noite, Simone.”

Voltou para a cama e tentou dormir. Pensou nas palavras de Rúbia e fez ou pelo menos tentou fazer uma oração.


-Bom... Eu sei que já não tentamos conversar a certo tempo. Eu deixei de acreditar no Senhor e o Senhor.... Bom. Ficou esperando minha mudança de ideia. Aos poucos estou tentando refazer essa relação, mas não é fácil recomeçar e mais difícil tentar acreditar em algo que não vejo, mas... Ok, ok. Parei. Só peço que me ajude. Amem.


Olhou mais um tempo as mensagens e em poucos instantes ressonava. O quarto iluminou-se com a chegada de alguns espíritos amigos para fazer sua proteção.


   ************************************************************************


Jose havia acabado de chegar e rogava aos céus para que sua esposa já estivesse dormindo. Entrou silenciosamente depositando a mala no sofá. Encaminhou-se para o banheiro social da casa tomando uma ducha fria e saindo em seguida.

Foi a cozinha preparou um lanche rápido e em menos de meia hora que havia entrado em casa já se encaminhava para o dormitório do casal. Ao abrir a porta teve uma surpresa.


-Ainda acordada, mulher?
-Estava te esperando. Atrasou a chegada do ônibus?
-Foi. – mentiu. – Boa noite querida. – depositou um beijo em sua testa e virou-se para dormir. Mal deitou e já roncava.
-Pensa que me engana. – Maria disse antes de apagar o abajur e tentar dormir.

Comentários