Nossa Forma de Amar - Capitulo XXVII


27 - Intenções


Moises esperou para ver se mais alguém chegaria. Quando olhou seu relógio passava das 22 horas. A rua estava tranquila e ele aproveitou para se aproximar da janela. Não viu o interior da casa por causa das cortinas que protegiam dos olhos indiscretos, também não viu claridade e pensou que ela já pudesse estar dormindo. Rodou a casa pela lateral em busca de outra janela.

Viu através desta claridade que julgara ser uma televisão. Procurou alguma brecha na segurança da casa que pudesse passar e não encontrou. O jeito foi ir para sua casa, mas agora que sabia onde ela morava voltaria mais vezes. Se ela tinha alguém uma hora ou outra apareceria e ele poderia ver quem é seu rival. Chegando em casa contou o que viu aos irmãos.


-O que oce vai fazer agora, irmão? – Perguntou Venâncio.
-Vou vigiar pra ver se ela tem um homem.
-E se ela for que nem Adelaide? – Jeremias falou.
-Aí eu faço com ela o que não fiz com aquela outra. – disse dando uma golada em sua bebida.



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-Nossa! Ele começou a transpirar muito. – Dalila conversava com sua irmã enquanto cortavam alguns temperos.

-Lembra-se daquela vez que eu passei mal por causa de um pedaço de peixe? Então. São nossas quizilas, proibições do orixá que muitas vezes não compreendemos, mas devemos respeitar caso contrario dor é o mínimo que se pode sentir.

-Acho que nem laranja ele vai querer por um bom tempo.
-a bicha traumatizou. – as irmãs riram.
-conversa na cozinha, trabalho atrasado. Como esta o almoço? – Lucimara perguntou sentindo um delicioso aroma no ar.

-quase pronto. Hoje o tempero é o de Milena e pelo cheiro no ar vai ter competição. – Dalila gracejou.
-Saiam já da minha cozinha, vocês estão atrapalhando. – Milena brincou com as mãos na cintura.
-Já saimos. – Lucimara saiu levando Dalila para tomar conhecimento de algumas informações.



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-Desculpe, nos conhecemos? – Uma Simone confusa perguntou a morena.
-Mais do que imaginas, mas por hora gostaria de saber vosso nome já que sabes o meu. – sorriu seu sorriso sedutor.


“-Seduzindo sua missão? Como você vai ajudar essa moça se intenciona leva-la para a cama?”
“-Augusto, vai confraternizar longe de mim. Conversar com alguma fantasminha vá.”
“-Eu vou, mas eu volto.”


Uma brisa suave se fez presente. Simone sentiu-se presa naquele olhar e sorriu sem perceber. Avaliou aquela bela morena que se apresentava com intenções ocultas e decidiu-se por ver até onde aquela conversa iria.


-Me chamo Simone. Simone Barros, ao seu dispor.
-Hum! Que interessante. Suponho que usted és jornalista, já que estava no local destinado a tal.
-Sim, sou. Mas não cubro esses eventos, por um acaso meu chefe pediu esse favor.
-Não existem acasos, tudo na vida tem um propósito. Aceita um suco?
-Só se me contar um pouco da sua historia.


As jovens dirigiram-se a mesa de frios e sucos enquanto conversavam amenidades. Simone sentia-se seduzida pela áurea da espanhola. Rúbia não estava imune ao charme da baiana. Sabia que sua estadia naquela cidade era para uma missão, mas talvez tivesse um motivo para enfim se estabelecer em algum lugar.


* Nota Final: Devido a alguns problemas técnicos haverão atrasos na atualização.

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