Nossa Forma de Amar - Capitulo XXVIII


28 – Descoberta Indesejada


Simone e Rúbia passaram um bom tempo conversando sobre a doutrina espírita e a repórter aproveitou para pegar alguns detalhes sobre seu trabalho. A espanhola estava prestes a pedir um taxi para ir a pousada onde hospedou-se quando uma carona lhe foi oferecida.



-Deixa que eu te levo. Onde esta hospedada?
-Pousada Solaris no bairro do Rio Vermelho. Conhece?
-Conheço.



Seguiram para o estacionamento do local e após acomodarem-se e colocar o cinto de segurança. Simone saiu do bairro de Pau da Lima em direção a Avenida Pinto Aguiar. Em menos de vinte minutos já saiam no bairro de Patamares, região da orla. Enquanto seguiam pela Avenida Otavio Mangabeira iam conversando e ao chegar ao Largo da Mariquita onde estava localizada a Pousada, trocaram números de telefone e a promessa da ligação.

Simone dirigiu para sua casa pensando nesse reencontro e no quanto a companhia da espanhola lhe era agradável. O sorriso sedutor e a áurea de sensualidade que pairou. Olhou em seu celular o numero dela registrado e pensou que seria interessante um novo encontro.



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O final de semana foi de bastante trabalho e cerimônias para Dalila e Milena. Uma parte do dia eram explicações sobre alguns atos e rituais com direito a anotações e a outra parte era a pratica. Embora ambas fossem filhas de uma mãe de santo e cresceram dentro do terreiro em meio a suas funções, estava se descortinando para elas uma nova visão daquele mundo. Já as noites e madrugadas eram regadas a conversa entre ela e sua namorada. Motivo esse da Iyá Kekerê sempre acordar de mau humor.



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Moises montou vigília durante todo aquele fim de semana na porta da filha do pastor esperando que alguém fosse visita-la. Acompanhava a rotina da jovem por onde ela ia ele estava seguindo-a. 

Revezava com os irmãos a vigilância durante o dia para poder pensar o que fazer. Mal sabendo que estava próximo de descobrir o que tanto ansiava.



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-Está liberada para ir ver sua amada, Milena. – Lucimara dizia enquanto tirava sua Bata.
-Eita, que o sorriso foi grande, mãe. – Dalila arreliou.
-Entendam meu lado, por favor. – Milena terminava de vestir sua roupa após um banho demorado. – Quando a senhora vai precisar de mim?
-Por enquanto sua irmã pode ir suprindo sua ausência. Mas quando for fazer os fundamentos vou te chamar e já sabe.
-Resguardo de um mês. Tchau mãe, tchau chata. – despediu-se com dois beijos e saiu pelos fundos em direção a garagem.


Durante o rápido percurso ela passou em frente a uma floricultura e comprou um buque de rosas mescladas entre rosa, vermelho e branco. Comprou uma caixa de chocolate e resolveu fazer uma surpresa para Luiza.

Entrou com o carro na garagem da sua casa, levou a sacola de roupas sujas e separou as brancas das coloridas deixando-as de molho. Ligou para a diarista marcando sua ida e pegou as flores e o chocolate. Atravessou a rua e tocou a campainha. Quando a jovem abriu a porta e viu a surpresa pulou em sua namorada beijando-a apaixonadamente. Mais afastado um par de olhos observava aquela cena de forma desgostosa.



-De novo não. Ser trocado por uma mulher eu não aceito. Isso não vai ficar assim.


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