Romance - (Des)Encontros Amorosos -1


Sinopse:

Às vésperas do seu trigésimo aniversário, em meio a pandemia, que mudou em muitos aspectos sua vida, uma moça registra fatos marcantes que contribuíram - em sua percepção- para a composição de seus pensamentos, personalidade e maneira de viver a vida. A trajetória de sua vida é marcada por acontecimentos importantes e, com sua peculiar forma de se expressar, ela irá discorrer sobre alguns deles.


Avisos: Gatilhos emocionais, palavras chulas e política.
Se é sensível aos temas, não Leia.
Se você ignorar o aviso, é tu por ti mesmo. 
Não pagamos psicoterapia.


1. Cronologia



Estou entrando na casa dos 30 e não me envergonho disso. Foram tempos bem vividos. Alguém disse por aí que quanto mais experiente uma mulher se torna, mais atraente e interessante ela fica. Essa relação é diretamente proporcional e eu, definitivamente, gosto muito dessa teoria.

Quando iniciei minha vida sexual ativa, foi com um homem. Sim! Eu fingia que era heterossexual. E vou dizer porque o verbo fingir. Naquela época, início dos anos 2000, eu já tinha noção de que gostava de olhar mais para as garotas. Aquelas maravilhosas aulas de Educação Física em que o professor pedia para que, mesmo quem não fosse praticar esportes, usassem o uniforme apropriado, pois estava no regulamento institucional. Felicidade me definia.

É mais do que óbvio que guardei essa informação comigo. Eu andava com umas meninas no Ensino Médio, que eram diferentes do que se pode chamar de deslumbrantes, porém éramos o grupo das populares, e TODAS já não eram mais virgens. Adivinhe quem ainda era?! Se você pensou em mim, pensou corretamente. Ponto pra ti. Euzinha era a não tão sutilmente cobrada. Abro um parêntese nesses devaneios para dizer que não sigam as ideias de suas amigas. Se nao se sentirem seguras ou confiantes com aquele carinha que enche tua paciência, não vá. Dê seu tempo. Ele pode até ser o amor da sua vida atual, mas depois de uns dois anos você irá pensar: por que cargas d'água eu tive minha primeira vez com aquele cara?!

 Ainda mais se o carinha for um babaca que sai falando coisas indevidas. Mas eu não estou aqui para falar só das minhas tristezas. Enfim... Tive o famigerado rito de passagem. Mas eu sabia que não era aquilo que iria me dar a sensação de satisfação. E por meio de amigos tive liberdade para chegar a exploração da minha sexualidade.

 Vale outro parêntese aqui. Ao longo de nossa vida, teremos inúmeras primeiras vezes. E cada uma de maneira única. Alguém vai descobrir algum ponto novo em nosso corpo que poderá ou não despertar lados. Um jeito novo de beijar, de tocar, acariciar. São sentidos e sensações sendo aprimorados com o tempo. Também há muito do autocuidado e autoconhecimento.    


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